A Deputada Federal, ex-petista recém filiada ao Solidariedade, Marília Arraes, concedeu entrevista a CNN Brasil.
A apresentadora Monalisa Perrone, iniciou a entrevista citando o apoio incondicional da deputada ao ex-presidente Lula, lhe questionando se esse apoio poderia virar um constrangimento, já que o PT em Pernambuco deve estar no palanque de Danilo Cabral do (PSB), invés do seu.
Marília demorou um pouco para responder, deu uma boa respirada e disse:
“Essas coisas agente conversa mais adiante, agora inegociável para mim é não apoiar o presidente LULA. Inclusive, eu faço isso desde que eu era do PSB, na minha juventude. Quando o PSB lançou em 2002, a candidatura de Garotinho, eu já votava no presidente LULA, então, de maneira alguma eu deixarei de apoiar, principalmente num momento como esse que o Brasil vive, que deve haver um resgate do Brasil aos brasileiros. Então, esse projeto, na minha concepção, é representado pelo presidente LULA, então eu apoio de toda maneira”.
“Inclusive, quem sempre esteve com o presidente LULA foi eu! O povo pernambucano sabe disso. É algo que não preciso esta dando explicações”. “Acontece é que o PSB ao bel-prazer de suas conveniências, as vezes ficar contra, as vezes fica a favor, eu sempre estive no mesmo lado, e é nesse lado que eu vou continuar”, finalizou.
A apresentadora perguntou se há a possibilidade de um palanque duplo, citando que “uma coisa é ter o apoio escancarado do presidente LULA”, onde ela diz que ele “é um puxador de votos”. Marília em sua resposta, deixou claro que pelo menos o apoio escancarado dela, o LULA terá, independente de ser palanque duplo ou não. “Pra mim não me interessa” disse.
Marília Arraes também foi questionada pelo apresentador, Caio Junqueira, sobre os motivos que levaram a sua saída do PT.
Caio questionou se o PT em Pernambuco, com o aval do ex-presidente LULA, teria tomado decisões que teriam impedido a depurada de dar vôos maiores na carreira política.
Marília em resposta, descarregou toda culpa no PSB, dizendo que “o PSB de Pernambuco é quem manda no PSB nacional”.
“Houve realmente essa pressão do PSB para o PT nacional e durante a campanha de Fernando Haddad em 2018, ameaçando apoiar o candidato Ciro Gomes caso minha candidatura não fosse retirada. Naquela época, a gente pontuava muito bem nas pesquisas”, “A última pesquisa que nós fizemos eu pontuava mais de 15 pontos na frente”, “São questões pontuais e locais que terminaram levando a um desgaste, e que levaram a minha saída do PT”, disse Marília em trechos de sua resposta que foi bastante longa.