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Cedro, PE — Na sessão realizada nesta terça-feira, a Câmara de Vereadores de Cedro discutiu a criação de uma comissão especial para apurar denúncias recebidas pela ouvidoria municipal. Entre as denúncias estão casos de assédio moral em uma escola do município e relatos de pessoas com rendas elevadas, incluindo servidores públicos, que estariam recebendo o benefício do Bolsa Família de forma indevida, por não terem atualizado seus cadastros.

Segundo o presidente da Câmara, Tiago de Vilmar, a comissão terá três integrantes e um prazo de 15 dias para elaborar um relatório sobre a situação. Foram indicadas para compor a comissão as vereadoras Silvia Bezerra, Lívia de Zé de Benga e Maiamy Quental.

Durante a sessão, os vereadores ressaltaram a importância de tratar o assunto com responsabilidade e cautela, evitando pré-julgamentos. “Não podemos levantar a mão e acusar sem antes termos certeza do que está acontecendo”, afirmou o presidente da Casa.

Outro vereador destacou que, apesar da gravidade das denúncias, ainda não há elementos suficientes para se confirmar a veracidade dos fatos. “Nosso papel é receber as denúncias, criar a comissão e investigar com isenção e seriedade”, disse.

A comissão poderá, caso considere necessário, convocar secretários municipais ou servidores responsáveis pela gestão do Cadastro Único para prestar esclarecimentos.

Ainda segundo informações da Câmara, os nomes citados na denúncia permanecerão sob sigilo até que a apuração seja concluída, como forma de preservar a honra dos envolvidos e evitar julgamentos precipitados.

Os vereadores também orientaram os cidadãos que eventualmente estejam em situação irregular a procurarem os órgãos responsáveis para atualizar suas informações e evitar sanções.

Por fim, ficou decidido que, após a apuração, será realizada uma sessão exclusiva para apresentação e debate do relatório, garantindo transparência e respeito à população.