O pré-candidato à prefeitura do Recife pelo PSB, deputado federal João Campos, teceu duras críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Para o parlamentar, o chefe do Executivo Federal tem se mostrado incapaz de governar até o próprio governo para o qual foi eleito.

“Um deputado que passou 28 anos na Câmara, e não deixou nenhum legado de projeto de proposição como referência, era só brigando de manhã, de tarde e de noite, é um homem completamente despreparado. Ele estava abaixo, do baixo clero então é algo inimaginável que daria certo, eu sabia que não daria certo e agora está escancarado no momento da crise porque um líder ele tem que se afirmar, se apresentar, no momento de crise, não é no momento de águas tranquilas, ele tem que saber navegar quando a água está difícil de ser navegada e está mostrado ai que ele não governa nem o próprio governo porque ele diz uma coisa, Mandetta diz outra. Agora, se juntou Paulo Guedes, Moro e Mandetta e estão querendo montar um governo paralelo. Então, ele além de ficar desmoralizado politicamente, vai ficar sem nenhum respaldo, porque as pessoas vão ver que ele está falhando”, afirmou

João Campos acrescentou que o chefe do Poder Executivo precisa rever seu comportamento diante dos governadores e prefeitos do país. Para ele, a postura agressiva e competitiva que o presidente Jair Bolsonaro tem tido com os demais chefes de Poder Executivo, tem o levado ao descrédito e isolamento político.

“Se tiver um presidente que acha que governador e prefeito é inimigo, como é que ele vai ajudar? A lógica na cabeça dele tem que mudar senão ele vai virar um bobo da corte, como tem sido”, colocou.

Eleições

Em entrevista à Rádio Folha FM 96.7, na manhã desta quinta-feira (02), João Campos pontuou que esse não é o melhor momento para se discutir as eleições municipais de 2020, mas realçou que o compromisso com a democracia brasileira deve ser resguardado.

” A gente tem que tomar um cuidado muito grande para defender a nossa democracia. A gente sabe que, em momentos instáveis como esse, a gente tem que ter um compromisso fundamental com o sistema democrático”, pontuou. Destacando que apesar de o Congresso Nacional e partidos políticos brasileiro serem instituições com baixa avaliação popular, hoje são quem fazem “o contrapeso à figura desequilibrada do presidente”.